05
mar
2008

Hoje e amanhã, Dylan em São Paulo

Há 20 anos Bob Dylan percorre os palcos do mundo na sua Never Ending Tour, a Turnê Que Não Acaba. Inevitáveis as dúvidas sobre a motivação de um dos maiores artistas do século 20 de se manter eternamente em movimento aos 66 anos de idade. No documentário "No direction home", de Martin Scorsese, ele dá a resposta:

- Eu nasci dos pais errados num lugar distante de onde deveria ter nascido. Meu sonho era sair de casa, numa espécie de odisséia, para achar este lar e até hoje ainda estou a caminho.

Dylan toca nesta quarta e quinta em São Paulo e sábado no Rio. Ele esteve entre nós três vezes. Na primeira, no Hollywood Rock II de 1990, teve parca receptividade pelo público majoritariamente jovem e, na segunda, tocou sob as asas de um de seus influenciados, os Rolling Stones. Dylan abriu os shows dos Stones, no Rio na Praça da Apoteose, e subiu ao palco para apresentar "Like a Rolling Stone" com a banda, um momento memorável na história dos shows internacionais no Brasil. Entre as duas apresentações, passou pelo Imperator, casa que ficava na Zona Norte do Rio, em 1991.

Dylan não joga para a platéia, não faz concessões à parte mais palatável de seu repertório, toca o material novo, só conhecido pelos fãs porque ele não é voz corrente nas rádios. Muitas músicas antigas estão com arranjos quase irreconhecíveis e ele toca guitarra e teclado.

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